domingo, 27 de dezembro de 2009

FC CRATO 2 PORTIMONENSE 3 2ª ELIMINATÓRIA DA TAÇA DE PORTUGAL

















INDIO E GUIDO ABAYIAN, DUAS EXIBIÇÕES PARA RECORDAR !!!!



























FICHA DE JOGO
14 de Setembro (domingo); 16 horas
Estádio: Municipal do Crato, no Crato.
Nº de Espectadores: LOTAÇÃO PRÁTICAMENTE ESGOTADA
Árbitro: João Capela (AF. Lisboa).
Assistentes: Pedro Garcia e José Lima.
FC. CRATO: Vítor Bernardes; Jorge Rosado, Renato Sousa, Claudemir e Vitor Silva; Pelé (João Ramos, aos 75'), Miguel Ângelo (Gonçalo, aos 62')e Renato Moreno; Índio "capitão", Billy e Guido Abayian (Everaldo, aos 79').
Treinador: João Vitorino.
PORTIMONENSE: Alê; Ricardo Pessoa "capitão", Fausto Lúcio, Anílton Júnior e Emídio Rafael; Nuno Prata Coelho, Diogo Melo (Roberto Britto, aos 73') e Luís Loureiro (Narcisse Yameogo, aos 53'); Raphael Freitas, Gonzalo Marronkle e Vasco Matos (Hugo Santos, aos 60').
Suplentes não utilizados: Paulo Ribeiro, Nilson, Heslley e Leo Tambussi.
Treinador: Vítor Pontes.
Ao intervalo: 1-1
Marcadores:
0-1; Raphael Freitas, aos 9'
1-1; Billy, aos 43'
2-1; Guido Abayian, aos 46'
2-2; Emídio Rafael, aos 50'
2-3; Gonzalo Marronkle, aos 82'
Acção Disciplinar: cartão amarelo para Nuno Prata Coelho (68').
Tarde de calor abrasador na bonita vila do Crato, engalanada para a recepção a um dos líderes da Liga Vitalis, o Portimonense. Nem a pesada derrota sofrida pelo Crato diante dos madeirenses do Camacha (0-5), na semana passada em jogo a contar para o Campeonato da 3ª Divisão – série E, afastou os adeptos da turma anfitriã, que responderam em bom número, lotando a bancada existente no Municipal. De Portimão também viajaram perto de uma centena de aficionados, na esperança de ver o Portimonense dar seguimento aos bons resultados obtidos no Campeonato.
A eliminação aos pés do Sertanense a época passada serviu de aviso aos comandados de Pontes, que desde muito cedo assumiram o domínio do encontro. O Portimonense entrou forte e remeteu o FC Crato à sua defensiva. O golo de Raphael Freitas, ainda antes de cumpridos dez minutos de jogo e após uma falha defensiva dos locais, adivinhava uma vitória fácil do Portimonense.
O guarda-redes do Crato, Vítor Bernardes, ao fazer uma excelente defesa a um remate de Raphael, e a falta de pontaria de Gonzalo, evitaram a eliminação precoce do seu opositor.
Perante uma certa descompressão do Portimonense, começou a responder o Crato graças sobretudo à capacidade técnica, acima da média, do jogador Indio e à rapidez e categoria do argentino Guido Abayian, que iam dando que fazer ao último reduto do Portimonense.
Aos 24', Miguel Angelo, também em muito bom plano, viu um golo seu que daria o empate, ser invalidado pelo árbitro, numa pretensa falta que ninguém conseguiu observar....
Muito perto do intervalo, numa jogada no limite do fora-de-jogo, o capitão do FCC, Índio, em jogada de belo efeito e de grande criatividade, proporcionando ao avançado Billy um golo de fácil execução, colocando assim a verdade no marcador. Alê nada podia fazer!
Ao intervalo o 1-1 traduzia o equilíbrio entre as duas equipas.
O FC. Crato, em ano de estreia nos Campeonatos Nacionais, sonhava com a eliminação do Portimonense, naquele que foi considerado "o jogo mais importante da história" deste clube.
Logo no primeiro minuto da segunda parte, Índio, quem mais poderia ser, fez a assistência para Guido Abayian dar a volta ao marcador,num golo que levantou o Estádio levando ao rubro as centenas de adeptos do clube local. No Crato começava-se a acreditar num milagre. Vítor Pontes, visivelmente desagradado, mexeria pouco tempo depois na sua equipa…
O Portimonense não tardou a reagir e o empate surgiria 4 minutos depois. Emídio Rafael, de volta à equipa titular, percorreu todo o flanco esquerdo, desequilibrando a defensiva alentejana, e fuzilou as redes do desamparado Vítor Bernardes, que nada poderia ter feito para suster aquele que foi mais um excelente golo, nesta magnífica tarde de futebol.
A vantagem do Crato durou poucos minutos mas o seu ascendente duraria até aos últimos 20 minutos. A defesa do Portimonense passou por alguns sobressaltos e o Crato por várias vezes esteve muito perto de marcar, com destaque para Indio,que em mais uma magnífica jogada individual, falhou o que seria o 3-2 para o Crato.
A partir dos 70 minutos a equipa da casa começou a ser fustigada com cãibras e o desgaste físico era evidente. O Crato pagou a factura de ter jogado grande parte da partida de igual para igual com uma equipa de um escalão superior.
O Portimonense, jogou sempre a um ritmo elevado, pese o calor abrasador que se fazia sentir. Os últimos minutos foram difíceis para os cratenses, que por duas vezes viram a bola beijar a barra da sua baliza. Raphael e Anílton bem ameaçaram, mas seria o argentino Gonzalo a matar o jogo a 8 minutos do final, com os locais já a fazedrem planos para um mais do que merecido prolongamento de 30 minutos.
O FC. Crato foi um digno vencido e vendeu cara a derrota. Destaque para Índio, que fez as assistências para os 2 golos e para o avançado argentino Guido Abayian,o qual até ter sido substituído completamente esgotado, deu muito trabalho à defesa alvinegra. Jogador formado no Benfica, de apenas 19 anos, impressionou pela sua rapidez, agressividade e capacidade técnica. Pelé também fez um jogo bem conseguido. Esta equipa alentejana promete uma época de qualidade no seu Campeonato.
O Portimonense poderia ter resolvido o jogo cedo, no entanto quando esteve em desvantagem manteve a tranquilidade e venceu naturalmente.
Raphael, esta temporada a assumir um lugar nas alas, foi dos melhores no Portimonense. Marcou um golo, atirou na barra e viu o guarda-redes da casa negar-lhe, com uma grande defesa, um golo que parecia certo.
Nuno Coelho continua em grande. Na sobriedade e descrição, próprias do seu jogo, assume o meio-campo do Portimonense, recuperando um sem número de bolas. O seu Futebol justifica uma 1ª Liga!
Gonzalo foi um dos melhores. A sua resistência durou todo o jogo. O golo da vitória foi um justo prémio para um jogador que lutou e correu Km’s sob uma temperatura tórrida.
Quem se deslocou ao Municipal, viveu e vibrou com um emocionante jogo de futebol, onde o FCC, pela primeira vez no seu historial recebeu o Portimonense, um ex primodivisionário e agora líder da divisão de honra, viveram-se no Municipal, momentos inesquecíveis e impróprios para cardíacos.
Os cratenses,desta feita com a equipa quase completa, mas ainda sem o argentino Maurizio Vashetto, mereciam pelo menos o prolongamento, num jogo em que o resultado poderia ter sido perfeitamente, um 5-5, tal a frequencia com que os lances de perigo se sucediam em ambas as balizas.
Em suma, grande jogo de futebol, quem esteve no Municipal jamais esquecerá este jogo em que o FCC teve uma oportunidade unica de deixar pelo caminho um dos históricos do futebol português....
João Carlos Capela, foi o árbitro, veio de Lisboa, esteve em muito bom nível, porém muito mal auxiliado pelo lado da bancada, onde o seu ajudante errou muitas vezes e sempre em prejuízo do FCC, nomeadamente no lance do golo invalidado a Miguel Angelo em que ficaram, de facto, muitas dúvidas sobre a decisão tomada.

2 comentários:

  1. O F C Crato só perdeu este jogo, porque fisicamente não estava em condições, pois jogamos de igual para igual e com outra condição fisica, teriamos feito surpresa na Taça, tenho a certeza.

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  2. Eu estava de férias no Crato, vi este jogo.
    O Crato merecia pelo menos o prolongamento, grande exibição da equipa e do Indio e do argentino Abaian.
    Boas Festas para todos os cratenses.

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